22.4.12

Bissau: os partidos contra os militares

Todos os partidos guineenses se afirmam agora contra a conduta dos militares que sequestraram o Presidente interino Raimundo Pereira e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Mesmo os partidos que há três dias pareciam ter assinado um acordo com o comando golpista reconhecem agora que a verdadeira soberania reside nesta altura na Assembleia Nacional Popular, que deverá coordenar o regresso à normalidade.
O bom senso e as pressões da população guineense e da comunidade internacional prevaleceu sobre o aventureirismo de 10 ou 20 oficiais das Forças Armadas que arrastaram o país para mais esta crise; para mais esta fase da crise quase permanente que a Guiné-Bissau desde há muito vive.
Como mais vale tarde do que nunca, oxalá que a nova lucidez dos políticos que há uma semana andavam perturbados e se tinham deixado levar pelo canto de sereia dos militares golpistas ajude a ultrapassar a dificílima situação destes últimos 10 dias.
Faço votos de que a mesa actual da Assembleia Nacional e as instâncias da CEDEAO consigam encontrar muito em breve a melhor solução possível para este problema que foi levantado por António Indjai, Dabna Na Walna, Kumba Ialá Kobde Nhanca e mais uns quantos indivíduos.
Devemos, no mínimo, regressar ao status quo de há três semanas, para depois se poder pensar com muitas mais serenidade nas verdadeiras medidas de fundo que são urgentes para uma Guiné-Bissau muito menos má do que esta que nós conhecemos durante os últimos 30 anos.

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